Ao perguntar para pacientes sobre alimentação, uma das respostas mais comuns: “eu me alimento muito bem, não como gorduras, tudo light…” A cultura de que gorduras são do mal já vem de alguns anos, e é uma dessas “verdades” da indústria que ninguém questiona.

Nosso cérebro é constituído em sua maior parte por lipídeos (gorduras), nosso coração usa como fonte principal de energia ácidos graxos (gorduras), o faxineiro do nosso sangue é um tipo de colesterol (gordura), nossos hormônios são formados a partir do colesterol (gordura), nossos músculos precisam de gordura e metade das vitaminas que precisamos são gorduras. Sabe quem não precisa de gordura para sobreviver? A nossa gordura! Sim, nossa gordura sobrevive principalmente de açúcar e outros carboidratos.

Outro problema é não distinguir “gordura”. Existem vários tipos de gorduras e precisamos de um pouco de cada. A malignidade das gorduras também depende de outros fatores como o stress, açúcar e fumo que fazem com que ela realmente vire uma gordura que causa infartos e avc. Só um tipo do gordura já nasce do mal: a gordura trans. E não se engane: quase todos os alimentos industrializados ou processados possuem grandes cargas de gorduras sintéticas ( a margarina e outros produtos light tidos como saudáveis!) Essa nunca é útil e sempre é prejudicial. A gordura sintética, criada pela indústria não serve para nada, ela se alia à nossa gordura corporal e juntas elas comandam o estrago no nosso organismo.

Abacate, côco, oliva, linhaça, ovos, peixes, berinjelas, cacau, castanhas e outras oleaginosas são gorduras que precisamos comer. Inserir tudo isso em quantidades consideráveis em nossa dieta reduz a fome, melhora a saciedade, gera energia mais durável. Muito calóricos? Sim, porém calorias distribuídas em muitas horas de digestão, além de combustível essencial para nossas funções vitais, com gasto garantido.

Aumentar o consumo de gorduras, exceto as industrializadas: um jeito natural e prazeiroso de ser mais magro, mais forte e mais saudável.