Radicais livres são mais um daqueles casos de coisas que não estão no nosso corpo a passeio ou só para fazer estragos. Eles têm uma finalidade e uma importância, acredite. Porém, viraram vilões perseguidos com seus nomes impressos em diversas embalagens de produtos financeiramente muito interessantes.
Mas pra que eu preciso de radicais livres? Simplificando uma teoria genética complexa, o conceito é simples: calejar. Seu corpo aprende e se fortalece com ataques. É verdade que em níveis elevados, estas substâncias são bastante prejudiciais. Então, como combatê-los?
A resposta, na maioria das vezes está em medidas que nenhum laboratório produz. Vitaminas, por exemplo, são divulgadas como importantes combatentes de radicais livres. Aí vendem vitaminas. Então médicos dizem que isso é mentira, que estão enganando as pessoas, que elas não servem pra nada. Mais uma vez existe uma verdade para ambos os lados. É preciso analisar os milhares de estudos com discernimento.
As vitaminas que nos protegem de forma geral são as presentes nos alimentos. Em uma pesquisa
onde metade das pessoas tomou suco de laranja natural e a outra metade vitamina C sintética, as pessoas do primeiro grupo tiveram uma redução nos níveis de radicais livres e a segunda um aumento. Isso mesmo, a vitamina C sintética não só não diminuiu como aumentou a concentração de radicais livres. Com diversos estudos nesta linha, acredita-se que o poder dos alimentos vá muito além de vitaminas e que haja uma complexa interação entre diversos nutrientes que acaba sendo muito benéfica.
Com o avanço da ciência, têm-se isolado substâncias genericamente chamadas de fitonutrientes. Elas são muito mais que simples antioxidantes, se ligam no DNA e desencadeiam uma reação de proteção e correção de erros em nossas células. Consequentemente, os radicais livres diminuem de forma muito mais expressiva e duradoura. Fitonutrientes importantes já foram identificados no chá verde, açafrão, brócolis, uvas, entre outros.
E a vitamina C? Então ela não serve para nada e realmente quem a precreve está enganando as pessoas ou não sabe nada? Não. A vitamina C, mesmo que sintética atua de outras formas que não como antioxidante. Ela serve para a ativação de mecanismos que dimunuem a inflamação após o exercício, por exemplo. Também é importante para outras transformações químicas do corpo. Dura pouco tempo em ciruculação mas é importante e muitas vezes precisa ser usada.
Conclusão: o que vem da natureza é sempre melhor e mais completo, mas a ciência já consegue nos trazer substâncias que ajudam muito de diversas formas. Em um entendimento cada vez mais complexo, identificamos elementos que vão além da bioquímica ou biofísica básicas do corpo. Eles se ligam no nosso DNA e modificam a expressão de nossos genes trazendo diversos resultados positivos. A essa interação fascinante e moderna entre substâncias e nossa genética chamamos de Nutrigenômica.
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