Em medicina funcional utiliza-se bastante a figura de uma árvore como uma analogia para explica
r a visão desta especialidade. É como se o processo de adoecer fosse uma árvore: existe uma raiz, o tronco, os galhos e as folhas. Os clínicos mais abrangentes trabalham no tronco e as especialidades geralmente têm foco nas folhas ou galhos. Eles são de extrema importância, mas muitas vezes é preciso tratar a raiz para que as folhas voltem a ser verdes.
Com a quantidade de novas doenças e tratamentos cada vez mais específicos muitas vezes perdemos a visão do organismo como um todo. O corpo é visto por partes e já não se procura mais a associação entre elas quando, na verdade, tudo está intimamente conectado. Exemplo: problemas intestinais têm muita relação com problemas neurológicos. Você pode estar deprimido por ser constipado e vice-versa. Não é uma suposição! Existem explicaçòes científicas e fisiológicas para que isto ocorra: seu sistema nervoso não se resume ao cérebro e a barreira do intestino não tem uma função simples e descartável. A má notícia é que tomar um laxante não faz com que você elimine suas frustrações…
Nossos hábitos de sono, exercício, alimentares e sociais não são detalhes, são os determinantes da nossa saúde. O quanto uma pessoa necessita de remédios, suplementos, exames e tratamentos de saúde é diretamente proporcional ao quanto ela ignora sua saúde e se afasta de sua natureza e de sua programação genética. Nosso DNA é constantemente enganado por toxinas, sedentarismo, stress e maus alimentos e, apesar de uma incrível capacidade de correção de erros e regeneração, as doenças acabam ocorrendo. Mais uma má notícia: quando a doença se manifesta através de sintomas, os danos internos geralmente já estão estabelecidos a muito tempo e muito mais difíceis de reparar. O exemplo mais claro disto é o câncer, mas todas as doenças são assim.
Prevenir os erros de multiplicação e o envelhecimento interno são objetivos desde a pré-concepção. A idéia é que uma mãe em perfeito equilíbrio gera pessoas mais saudáveis para toda a vida. Os primeiros anos de vida determinam a qualidade de uma vida inteira de funções fisiológicas plenas ou frágeis. Na adolescência o corpo se adapta para seu ápice: o começo da vida adulta. O desafio? Manter-se lá em cima, evitar o declínio, o envelhecimento, e a doença de maneira o mais fisiológica possível. O caminho? Entender como funcionamos, do que precisamos, quem realmente são nossos inimigos e quem está do nosso lado. Agora uma boa notícia: o caminho da saúde é muito fácil e agradável, nossa cultura é que nos leva para outros lados. Afinal, já chegamos a uma realidade onde ser normal muitas vezes não significa ser saudável.